Gestão - Alimentos & Negócios

terça-feira, 11 de maio de 2010

COMO FIDELIZAR CLIENTES

COMO FIDELIZAR CLIENTES
Hamilton Bueno


Quando falo do mix de marketing e discuto a questão do preço, sinto-me tentado a usar uma máxima popular que diz que "não há cliente fiel que resista a um pequeno desconto". Isso muitas vezes é verdade, e se aplica fortemente a commodities. Quando você tem diferenciais, entretanto, definir o preço é uma tarefa cada vez mais fácil.
Eu acredito fortemente que a melhor estratégia de negócios é ter sempre clientes satisfeitos. Isso exige arte e técnica. Quero convidá-lo a montar um quebra-cabeças de cinco partes. São, na verdade, quatro partes que levam à quinta, a parte central: a fidelização!


Cultura de serviços é uma filosofia de trabalho pertencente a um contexto social que influencia o modo pelo qual as pessoas se comportam e se relacionam.
A cultura de serviços é o princípio organizador dos esforços do empreendimento; ela dá foco e direção para o cliente. Neste princípio, incluímos três elementos básicos:


isso é o que somos


isso é o que fazemos


é nisso em que acreditamos


Uma cultura de serviços institui um sistema de valores para o cliente (customer service). Sua solução (produtos e serviços) tem uma filosofia de customer service: quando há criação de serviços percebidos e entendidos por seus clientes, e do interesse deles, que agreguem valor e ganham preferência.


A estratégia de serviços é uma fórmula clara e definida para atender ao cliente; é um conjunto de táticas baseadas numa premissa bem escolhida de benefícios que valham a pena para o cliente e que criem uma forte vantagem competitiva. Uma boa estratégia de serviços ajuda a empresa de três maneiras:


* Facilita o posicionamento da empresa e dos produtos na mente dos clientes.


* Dá à empresa um sentido de união e ajuda a definir a direção que ela deve tomar.


* Diz a todos da empresa, desde a direção até o pessoal da linha de frente, o que se espera deles, qual o papel específico de cada um e o que é importante para o crescimento e para o sucesso da empresa.


Para a empresa ter uma estratégia de serviços, basta seguir quatro passos iniciais de ação:


1. Seja excelente em tudo o que for importante para o cliente; a regra aqui é "tudo o que fizer, faça bem feito".


2. Crie vantagens exclusivas, serviços que o tornem único.


3. Propicie momentos mágicos, encante seu cliente, faça-o exclamar "Uau!".


4. Com valor agregado, as objeções são facilmente transpostas, e você facilmente fecha mais vendas, melhora a sua imagem e aumenta o seu profissionalismo (ao preparar entrevistas de vendas, prepare visuais e testemunhos dos seus diferenciais).


Neste ponto, você pode alegar não ter poder decisório sobre alguns passos relacionados. Seu trabalho, então, é procurar, alertar e lutar por cultura, estratégia, instrumentos e pessoas preparadas para a fidelização de clientes. Do contrário, suas possibilidades de se tornar um campeão de vendas ficam comprometidas.
Instrumental de serviço é simbolizado pela mala de ferramentas da empresa, especialmente preparada para encantar o cliente. Começa com sua capacidade de alinhar o front (vendas, logística, áreas de implantação do serviço, cobrança e faturamento) e a retaguarda (áreas de apoio).


O instrumental de serviço começa com a capacidade da empresa trabalhar em equipe. Aí reside uma das maiores fraquezas organizacionais, pois nesta área opera, muitas vezes, a fogueira das vaidades, evidenciando individualidades e comprometendo um trabalho de ajuda mútua.
As ferramentas mais comuns, dentre outras, são:


um sistema de visitas regulares ao cliente


fluxos que garantam a funcionalidade, a entrega e a implantação nos prazos e nas condições pactuadas


pesquisa de satisfação


um café da manhã na sua empresa para avaliar a prestação dos serviços


CRM – Customer Relationship Management: um sistema para gerenciar suas relações com o cliente


reuniões regulares entre produção, vendas e assistência técnica são de grande validade para garantir o melhor para o cliente


sistema de treinamento regular; empresas que crescem solidamente, segundo pesquisas americanas, investem mais de 40 horas por ano em treinamento, por profissional




A quarta dimensão – profissionais preparados - inclui você, o vendedor, e todos os seus colegas de empresa.
O primeiro passo é criar em todo o time, em todos os níveis (inclui gerentes e diretores), o espírito de serviço.
Espírito de serviço é uma atitude que, baseada em valores e convicções a respeito das pessoas, da vida e do trabalho, leva alguém a, voluntariamente, servir outros e orgulhar-se de seu trabalho.
Uma mentalidade voltada para oferecer o melhor serviço ao cliente deve colocar inequivocamente: quem não serve diretamente ao cliente, deve ajudar quem o faz.
Um dos maiores desafios organizacionais é preparar e comprometer as pessoas com o serviço.
A palavra serviço vem do latim servus, ou seja, servo. Logo, se o sentimento for de subserviência ou escravidão, o serviço será degradante, e o cliente buscará outras alternativas. Já se o serviço for encarado como uma missão, será um prazer servir ao cliente.
Estamos falando de duas dimensões humanas básicas: a lógico-racional, ligada ao conhecimento e à técnica de atendimento, e a emocional, que se agrega afetividade à relação oferecendo atenção, respeito e cordialidade.


A fórmula para a fidelização é:


fidelização = resultados maior que expectativa


Ou seja, a fidelização acontece quando o resultado que o cliente recebe excede a expectativa que ele tem.
Quando você fecha uma venda, o produto final entregue ao cliente são sentimentos.


Hamilton Bueno é escritor, palestrante e especialista em liderança, motivação, vendas e negociação.

Ações de motivação dos funcionários necessitam de equipe e líder maduros

Artigo publicado no site PEGN 10/05/2010
Como as políticas inovadoras em recursos humanos podem motivar uma equipe; e os cuidados que os gestores devem ter ao empregá-las
Marcus Vinicius Pilleggi

Com o estresse do dia a dia e a correria do mundo dos negócios, nem sempre os gestores se lembram de criar iniciativas que motivam a equipe, para proporcionar um ambiente mais unificador. Esse tipo de medida não só ajuda a dar leveza à atmosfera de trabalho como também auxilia na melhoria da comunicação entre os funcionários - um estudo recente da PMI-Rio indicou que 76% dos fracassos nos projetos dentro das empresas deve-se justamente a uma comunicação ineficiente.
Imagine chegar dentro da empresa e encontrar funcionários com uma máscara que é um sorriso gigante. Para o empresário Marcelo Ponzoni, fundador e diretor da empresa de publicidade Rae,MP, uma equipe de bom humor só agrega valor ao trabalho. “A empresa toda ganha com esse comportamento”, afirma Ponzoni. Para proporcionar um ambiente mais divertido, o empresário implementou a Campanha de Valorização do Sorriso na empresa, que atinge funcionários, clientes e até amigos da agência. O projeto tem folders, brindes com chocolates, cartazes e até uma máscara no formato de uma boca sorridente. Para Ponzoni, em uma empresa de publicidade, que lida diretamente com o cliente, é bom ter alto astral no atendimento. Essa cultura, segundo o empresário, foi responsável pelo crescimento de 400% no faturamento da empresa nos últimos cinco anos.
Leia MaisCinco dicas para motivar seus funcionários
Você contrataria um funcionário sem função específica?
Gestão de Pessoas. Vale a pena investir?O empresário ressalta que sempre prezou pelo bom humor dentro de sua empresa desde a fundação, há 22 anos. Para ele, que completa 44 anos em 2010, isso não é algo de momento. “Desde que nasci tenho essa característica de sorrir muito, de ser bem humorado, e eu levo essa capacidade de sorrir em consideração mesmo quando vou contratar as pessoas. É um diferencial para mim; gosto de integradores aqui dentro”, afirma. Segundo ele, a empresa sempre foi assim, desde as coisas mais simples até campanhas como a Valorização do Sorriso. Para Ponzoni, motivar a equipe e deixá-la à vontade é fundamental para o sucesso de um empreendimento. Medidas como essa, garante o empresário, aperfeiçoam a comunicação interna e unificam a equipe.
Enken: mesmo com flexibilidade de horário, alguns colaboradores optam por trabalhar em horário comercialNa Enken Comunicação Digital, especializada em comunicação, publicidade e marketing digital, a forma encontrada para motivar os funcionários foi outra. Ali, cada um pode fazer seu horário. As regras são simples: os empregados devem cumprir a carga horária diária e executar os projetos dentro do prazo determinado. Cumprido isso, pouco importa que horário estarão presentes no escritório. A justificativa da iniciativa é poder deixar o empregado trabalhar quando acredita ser mais produtivo. A maioria dos funcionários da Enken, segundo seu fundador e diretor, David Reck, trabalha das 10h às 19h, mas alguns trabalham mais cedo ou mais tarde, até mesmo de madrugada. Mesmo com a flexibilidade de horário, alguns colaboradores ainda optam por trabalhar na velha rotina do horário comercial.
Além disso, a empresa, fundada em 2004, promove ações em conjunto entre os funcionários para unificar a equipe, como passeios de bicicleta, festas ou mesmo saltos de paraquedas. Segundo Reck, isso é bom para todos se conhecerem fora do ambiente de trabalho, ainda mais numa empresa em que cada um escolhe seu horário e nem todos se encontram no escritório. A empresa também tem um espaço para descanso e atualmente está montando um local próprio para incentivar novos projetos, ideias e o empreendedorismo de seus funcionários – dando o tempo necessário para que eles se dediquem a isso. Assim, segundo Reck, novas empresas nasceriam dentro da própria Enken, que funcionaria como uma incubadora para start-ups.
“A gente vem trabalhando com essas ideias desde a fundação da agência”, garante Reck. Para ele, é importante oferecer um plano de carreira e bonificações aos funcionários. “Nós queremos dar um conceito de família à equipe que trabalha aqui”, afirma o empresário, que exemplifica: “quando um funcionário falta por algum motivo, compreendemos isso e damos a possibilidade de compensar essa falta, sem descontar da folha de pagamento ou reprimir.”.
Para a consultora de recursos humanos Zenilda Castilho, iniciativas como a da Rae,MP e da Enken podem ser muito positivas. “Mas vale lembrar que, se o profissional não tiver disciplina, é possível que o andamento das tarefas fique tumultuado”, afirma. Segundo a consultora, a falta de uma hierarquia e de uma chefia que cobre resultados pode fazer com que o funcionário se perca e não consiga estabelecer prioridades, apenas contentando-se em mostrar o resultado final. Isso pode comprometer seu crescimento como profissional. Por outro lado, a descompressão e o descanso são positivos e promovem uma melhoria no humor da equipe, que garante um ambiente mais lúdico. “Isso faz com que o pensamento e a criatividade da equipe fluam melhor. Amenizar o estresse do cotidiano é muito importante”, diz Zenilda.
Zenilda também releva a importância da liderança ao adotar políticas ousadas de recursos humanos. “A maturidade tem que vir do gestor”, afirma. Para ela, além da maturidade da equipe, uma maior liberdade exige também uma maior cobrança para fazer o resultado aparecer. Na Enken, Reck diz que muitas pessoas não se adaptam ao formato, não só da sua própria empresa como de qualquer outra que tenha um funcionamento fora do padrão. “O jovem que nunca trabalhou, por exemplo, às vezes não tem maturidade para avaliar e aproveitar essas medidas. Nós temos que criar a cultura nas pessoas de que isso é importante e faz diferença na carreira delas”, justifica.
Gerir empresas que tentam fazer algo fora do comum pode não ser fácil, mas David Reck considera a experiência final muito positiva. “Como gestor eu vejo tudo de forma muito saudável; nota-se um ambiente familiar, uma relação interna boa e uma comunicação eficiente. O resultado disso é simples: a empresa cresce”, garante ao mesmo tempo que aponta o crescimento anual médio de 50% no faturamento da Enken. Para Ponzoni, o prazer vai além de ter uma equipe integrada e funcional: “Sempre gostei de contrariar o que dizem que não funciona. Sou persistente. Já passei dificuldades por causa disso, mas o resultado que temos passa por uma comunicação eficiente e um baixo turn over de clientes.”.
Segundo Zenilda, não existem regras prontas ou um guia de como motivar uma equipe. Existem iniciativas que dão certo e outras, não. Depende da área de atuação da empresa e dos próprios gestores. Para ela, contudo, convém o empresário preparar-se antes de adotar algumas práticas de motivação. “É preciso uma gestão mais democrática, mas de toda forma, uma gestão. Deve-se ter clareza nos conceitos e metas estabelecidas, estar próximo da equipe e ter um capital disponível para treinamentos”, afirma. A consultora garante que uma equipe motivada cumpre metas, é empenhada e ‘veste a camisa’ da empresa, mas precisa ter maturidade. “Essa combinação de integração, motivação e maturidade dá sinergia entre os departamentos e a comunicação flui”, diz. “Com a grande concorrência do mercado, a equipe motivada que acredita em seus gestores e sua empresa garante o diferencial”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cresce a preocupação com alimentação saudável e com ela os negócios do setor

Empreendimentos que quiserem apostar na tendência devem ter em mente os preconceitos que ainda existem contra a “comida de coelho”
Por Ricardo F. Santos

A atual preocupação com alimentação saudável tem suas raízes algumas décadas atrás, quando surgiram os alimentos diet. Dênis Ribeiro, diretor de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), conta que a difusão de informações nutricionais, cadernos de saúde e relacionamento direto entre alimentação e bem-estar fizeram surgir essa preocupação. “Os alimentos diet, inicialmente, eram direcionados a diabéticos e não tinham açúcar. Depois, evoluíram para um sentido de prevenção, a fim de evitar problemas de saúde no futuro”.
A partir daí vieram os alimentos light, com menos calorias; os fortificados, com mais vitaminas, ferro, ômega-3 etc.; e os funcionais, que contribuem para a manutenção da saúde de diversas maneiras, reduzem colesterol, ativam funções intestinais e outros benefícios. “Só que para fazer uma alegação dessas publicamente, você precisa prová-la cientificamente perante a Anvisa, o que leva mais de ano”, afirma Ribeiro.
Lívia Barbosa, diretora do Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM-ESPM), acrescenta dois outros fatores que contribuíram para aumentar a preocupação com alimentação saudável. “Há um aumento global de doenças cardiovasculares e de obesidade, sejam ligadas ao sedentarismo ou à alimentação, e o envelhecimento da população; cada vez mais interessa às pessoas viver melhor”, afirma. Ela ressalta a centralidade que os temas saúde e comida assumiram na sociedade contemporânea.
“Acho que é uma evolução natural: você começa a comer mais fora de casa, se houver apenas comida não saudável as pessoas começam a engordar”, diz Luís Yamanishi, diretor da Rede Viva! de alimentação saudável. Ainda de acordo com pesquisa da ECD Food Service, cerca de 83% dos brasileiros almoçam na rua. Em 1988, esse público gastava 19,7% de sua despesa total com alimentação fora de casa. Em 2010, esse índice deve ficar em torno de 27%. “As pessoas querem se sentir bem com uma comida que traga benefícios para a saúde; é uma alimentação preventiva”, afirma ele. A rede Viva! investe em um cardápio com muitas opções de saladas com temperos especiais, wraps, bebidas feitas com frutas frescas e outras combinações leves. Tudo para agradar a esse público.
Outra rede que segue a tendência saudável é a Wraps. A franquia se inspirou nos enroladinhos americanos, por sua vez importados dos burritos mexicanos, para criar lanches e refeições mais saudáveis. “Desenvolvemos wraps com ingredientes leves e sofisticados, como filé mignon, peixe, queijos light e folhas verdes”, explica Marcelo Ferraz, proprietário da rede. Depois de alguns anos, ele percebeu existir uma demanda por comida saudável mais rápida, fast food saudável. Em 2009, estava criada a Go Fresh, em que o cliente monta a própria salada, e adiciona um pão integral e um grelhado.
A presença do grelhado é importante, segundo ele, para as pessoas não ficarem com a sensação de que comida saudável não alimenta. “Há um preconceito muito presente, principalmente masculino, de que folha não enche barriga”, diz Lívia Barbosa, da CAEPM-ESPM. Segundo ela, faz parte da cultura a sensação de que comida deve pesar no estômago, e não apenas alimentar com os nutrientes necessários. “Você não vai resolver isso oferecendo palitinhos de cenoura na hora do lanche. O brasileiro, em geral, considera indispensável a presença da carne”, afirma ela. A mudança deve ser gradual.
Por conta dessa mentalidade é que a alimentação saudável ainda não cresceu tanto. “Se eu tivesse dinheiro para abrir cem lojas hoje, eu não o faria, porque esse mercado ainda não está muito amadurecido”, diz Marcelo Ferraz, da Wraps. De fato, na indústria de alimentação em 2008, os alimentos diet/light, fortificados e funcionais representaram apenas 8% das vendas, somando R$ 21,8 bilhões, segundo Ribeiro, da ABIA. “A pouca participação desses produtos é um problema de evolução de mercado. À medida que a população se informa mais sobre alimentos saudáveis, o mercado amadurece: o consumidor fica mais exigente e as empresas ficam mais competitivas, melhorando seu produto. Tem bastante espaço para crescer”, afirma ele.
Outro preconceito muito latente é de que o saudável não é gostoso. “Isso é porque geralmente se associa alimento saudável à comida macrobiótica, que propõe o mínimo de intervenção no alimento e procura servir a maioria das coisas ao natural”, diz Lívia. As redes de alimentação também têm essa consciência e investem na variedade. A Salad Creations, por exemplo, diversifica os ingredientes para provar que comida saudável vai além de comer alface e cenoura. A rede foi fundada em 2004 na Flórida, nos Estados Unidos, e veio para o Brasil em 2007 com lojas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Seu grande diferencial é oferecer mais de 40 ingredientes e diferentes molhos para o cliente montar a própria salada. Prova de que a iniciativa deu certo é o faturamento da empresa, que cresce em média 30% ao ano. A rede já possui 13 lojas no Brasil, pretende abrir mais 14 em 2010 e chegar a 50 no fim de 2011.
Não é apenas com saladas que se pode ser saudável; outro alimento de consumo crescente é o frozen yogurt. Ele é comparável ao sorvete, mas tem metade das calorias e muito menos gordura. Nos Estados Unidos, onde faz mais sucesso, representa 30% do mercado de congelados, e seu consumo cresce mais do que o do sorvete comum. Duas grandes redes que trabalham com o produto aqui no Brasil são a Yogoberry e a Yoguland.
A Yogoberry foi fundada no final de 2007, e menos de três anos depois já possui 26 unidades abertas na região Sudeste e no Distrito Federal. O faturamento da rede cresceu 30% de 2008 para 2009, chegando a R$ 2 milhões. A Yoguland, que atua no mesmo nicho, fundada há menos de um ano, já está com seis unidades abertas na região Sul e em São Paulo, faturando em média R$ 80 mil cada loja. Ambas estão se expandindo por meio de franquias e apostam no amadurecimento do consumidor, que procura cada vez mais alternativas saudáveis na hora de se alimentar.
O público da alimentação saudável ainda é predominantemente feminino, afirmam Rafael Soares, proprietário da Yoguland, e Marcelo Ferraz, da Wraps. Os restaurantes de comida saudável querem passar a mensagem, principalmente aos homens, de que uma refeição em seus estabelecimentos equivale a uma refeição completa. “Hoje a diferença entre homens e mulheres no nosso público é menor do que quando começamos; tentamos passar aos homens, em geral mais glutões, a mensagem de que comida saudável não deixa com fome”, afirma Ferraz.
Não é porque existe essa tendência saudável que você deve parar tudo o que faz no seu restaurante e começar a vender alface; é só ter em mente a importância crescente que o consumidor atribui à saúde na alimentação. E não é preciso vender apenas alimentos saudáveis, há várias franquias apenas tornando seu cardápio mais leve. Só não pode ficar parado, porque essa tendência vai crescer por décadas.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI133820-17180,00-CRESCE+A+PREOCUPACAO+COM+ALIMENTACAO+SAUDAVEL+E+COM+ELA+OS+NEGOCIOS+DO+SETO.html

Uso correto do marketing sensorial pode ajudar a vender mais

Com a ajuda de consultorias ou de maneira empírica, lojas apostam nos cinco sentidos humanos para ganhar mais dinheiro
Por Heloiza Camargo
 
66,7% dos consumidores da rede de nuts glaceados Nutty Bavarian são atraídos pelo cheiro das nozes, avelãs e amêndoas sendo assadas na hora.
A música ambiente de uma loja ou o cheiro que os clientes sentem ao entrar nela podem não ser por acaso. Muitas vezes, o que está por trás disso é a aplicação do marketing sensorial, uma estratégia que visa despertar os cinco sentidos do consumidor para vender mais. Esse tipo de ação faz o cliente associar a marca a uma sensação boa, o que o leva a comprar mais, explica Marcelo D´Emidio, chefe do departamento de marketing e pesquisa da graduação da ESPM.
Segundo D’Emidio, o conceito do marketing aliado aos cinco sentidos chegou ao Brasil há cerca de quatro anos e as primeiras unidades a adotá-lo foram lojas conceito, aquelas em que o principal objetivo é transmitir a identidade da marca, sem necessariamente vender o produto em si. Depois, os varejistas perceberam que mexer com os sentidos poderia ser bom para os negócios e adotaram alguns princípios dessa estratégia nos pontos de venda convencionais. D’Emidio acredita que qualquer negócio feito para o consumidor final (B2C) pode se valer do marketing sensorial.
Para mostrar como um mesmo sentido pode ser trabalhado de maneira diferente em lojas conceito e tradicionais, D’Emidio dá um exemplo: “Enquanto na primeira você opta por um som ambiente que de alguma forma transparece a identidade da marca (mais lento ou mais urbano, por exemplo), na unidade convencional a música escolhida é aquela que aumenta o consumo, sem ter necessariamente alguma ligação com a marca.”
Com o crescimento do uso do marketing sensorial no varejo, aumentou também o número de consultorias especializadas em implantá-lo. “A consultoria traz conhecimento científico e pesquisas embasadas, que ajudam na hora de decidir em qual sentido do cliente a empresa deve investir. Há, porém, empreendimentos que aliam os sentidos às suas marcas de maneira empírica, como as padarias e docerias. Afinal, é quase óbvio que o cheiro dos alimentos ali servidos atrai mais gente”, afirma D’Emidio.
A rede de nuts glaceados Nutty Bavarian é um exemplo de empresa que aplica o marketing sensorial de forma empírica. Com um faturamento de R$ 18 milhões em 2009 e meta de atingir 130 pontos de venda nos próximos anos em todo o país, com foco no Rio de Janeiro e Santa Catarina, a franquia tem no marketing sensorial o seu principal motivador de vendas.
Numa pesquisa realizada pela empresa com pouco mais de 300 frequentadores de shoppings, 66,7% deles afirmaram ter sido motivados a comprar os produtos da Nutty Bavarian quando sentiram o cheiro das nuts glaceadas. O estudo mostrou ainda que a primeira sensação que vem à cabeça das pessoas quando elas pensam na marca é o odor adocicado das nozes, avelãs e amêndoas. “O produto feito na hora exala um aroma que atrai os clientes e cria uma identidade que é quase tão forte quanto a imagem de nossos quiosques. E isso sem precisar borrifar essências nos pontos de venda, como fazem muitas redes”, conta Adriana Auriemo, responsável pela criação da franquia no país.

Artigo disponível: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI137208-17180,00-USO%20CORRETO%20DO%20MARKETING%20SENSORIAL%20PODE%20AJUDAR%20A%20VENDER%20MAIS.html

domingo, 2 de maio de 2010

O valor dos talentos no desenvolvimento das empresas

Artigo disponível em: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=11710


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Maiara Tortorette
Se até alguns anos atrás eram apenas os profissionais que precisavam das empresas, hoje o mercado sofreu diversas modificações e essa situação se alterou. Com a nova era de talentos, as organizações também necessitam de uma equipe bem estruturada e colaboradores comprometidos e antenados para se destacar no mercado. Muito mais do que experiência ou conhecimentos em idiomas, atualmente o grande foco das empresas são os profissionais que conseguem criar novas ideias e enxergar além do seu trabalho. Mas afinal, como identificar e reter esses talentos?


Alta remuneração, bônus e diversos benefícios já não são suficientes. O que antes parecia irrecusável e extremamente almejado pelos profissionais, se tornou apenas um complemento para essa nova geração. Criar novas oportunidades, abrir espaço para inovações e apresentar desafios, são algumas formas de tornar o ambiente favorável a esses colaboradores, e as empresas estão cada vez mais investindo em programas e projetos de retenção para aumentar o nível de satisfação dos funcionários, e consequentemente manter os seus talentos.


Segundo Leandro Kenski, CEO da Media Factory, o grande diferencial desses profissionais é a disponibilidade em fazer mais do que lhe é delegado. Além disso, ele acredita que em cada setor existam fatores específicos que determinam o colaborador que mais se destaca, sendo assim não existe uma regra. “Profissional talentoso é aquele que faz mais do que é pedido; são os realizadores, no meu ponto de vista”, define. “São pessoas que, dentro do que é esperado, conseguem ser melhores do que a média. Em vendas, por exemplo, é a pessoa que tem mais capacidade de comunicação; já no financeiro, é aquela que tem mais habilidade em planejar e entender os números... enfim, dentro de cada setor existem competências específicas”.


Além do interesse das empresas, os profissionais, por sua vez, também devem estar preparados para que consigam ingressar e se destacar em boas organizações. Achar um local que valorize o profissional e onde ele possa ser reconhecido e encontre um clima adequado acaba sendo uma tarefa complicada para quem está despreparado ou fora dos padrões exigidos. Para Paola Bastos, gestora de pessoas da Seven Idiomas, estar qualificado com formação e cursos é a primeira etapa para se conseguir um bom espaço no mercado de trabalho, mas, além disso, algumas habilidades como proatividade, também devem ser desenvolvidas.


“Eu acredito que, além da formação, também é importante que o profissional se dê a oportunidade do risco para que consiga propor coisas diferentes à empresa, e assim exponha onde estão seus potenciais”, explica. “Quando eles conseguem mostrar que podem contribuir positivamente para a organização, isso acaba sendo um grande investimento na carreira, pois ele passa a agir sem esperar que o líder faça tudo por ele. O líder pode orientar, mas é ele que realmente tem que ir buscar seu crescimento”, define.


A empresa deve sempre investir e buscar diversas formas para motivar e manter profissionais chave na empresa, mesmo porque reter talentos significa manter aqueles que trazem melhores resultados e diminuir gastos relacionados à rotatividade de profissionais na empresa. No entanto, quando a insatisfação do colaborador ultrapassa as possibilidades oferecidas, é hora de analisar. Avaliar os motivos do pedido de demissão é fundamental para saber a hora certa de oferecer novas possibilidades ou aceitar a saída de um bom funcionário e buscar novos talentos.


“O principal mesmo é entender o motivo do pedido de saída, a origem, se é um fator situacional, como uma viagem para o exterior, se o profissional está partindo para outra carreira, ou se realmente existe um problema na área onde ele está atuando”, esclarece Paola. “Muitas vezes a empresa perde esse funcionário e não tem mais jeito, mas isso deve servir de estímulo para que a organização tome ações preventivas dentro do que for possível mudar e evite mais perdas”.


Para Leandro, apesar de a empresa tentar entender e continuar com o profissional, ela deve evitar tratar de valores como leilão para mantê-lo no quadro de funcionários. “Quando a pessoa apresenta um discurso de que está saindo por motivos que não cabem a organização melhorar ou não, o mais adequado é não abrir um leilão de ofertas. A contra-oferta só deve ser feita quando a pessoa apresenta dúvidas ou alguma insatisfação que seja coerente e possa ser melhorada. Mesmo porque quando a pessoa está com uma ideia pronta de sair, não há o que fazer”, explica Leandro.


Toda empresa é feita de pessoas, e para pessoas, portanto é sempre importante que exista essa preocupação e investimento no fator humano, pois todo o serviço oferecido por uma organização é reflexo de sua estrutura interna. Uma empresa de qualidade, que respeita seus clientes e o mercado, deve agir com respeito perante seus profissionais, oferecendo reais chances de reconhecimento e desenvolvimento, para que junto a empresa, sejam destaques e um modelo a ser seguido.
ARTIGO DA SEÇÃO "Gestão Empresarial"
JORNAL CARREIRA & SUCESSO - 30 de abril de 2010 - 395ª. EDIÇÃO
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Qualidade Nutricional e Sensorial na Produção de Refeições


A alimentação é uma das atividades mais importantes do ser humano, tanto por razões biológicas óbvias, quanto pelas questões sociais e culturais que envolvem o comer. Assim, o ato de se alimentar engloba vários aspectos que vão desde a produção dos alimentos até a sua transformação em refeições e disponibilização às pessoas.
A segmentação inicial, no mercado de alimentação, refere-se às refeições feitas em casa ou fora de casa.
Considerando-se as refeições fora de casa, propõem-se a segmentação em alimentação coletiva e alimentação comercial, e a utilização de uma denominação comum a ambas, qual seja, Unidade Produtora de Refeições (UPR).
A diferença primordial entre as duas categorias de UPR, coletiva ou comercial, refere-se ao grau de autonomia do indivíduo em relação à unidade. Quer dizer, o quanto o comensal, cliente, paciente, usuário – denominações variadas que designam o ser humano que vai se alimentar nessas unidades – pode escolher entre alimentar-se ali ou não. Na alimentação coletiva, o ser humano apresenta uma relação de catividade com a UPR, a qual é designada de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN). Os níveis de catividade variam, indo desde a dependência quase total, caso dos hospitais, creches ou trabalho em locais isolados (plataformas de petróleo, por exemplo), até a dependência relativa, caso dos locais de trabalho nos centros das cidades ou dos restaurantes universitários, por exemplo.
As UANs podem ser localizadas no subsetor trabalho, quando abarcam as diferentes formas de servir refeições para trabalhadores; no subsetor saúde e assistência, englobando desde hospitais e ambulatórios até as distintas modalidades de assistência – asilos, orfanatos... Quando estão no subsetor ensino, referem-se às refeições servidas nos diversos níveis, da pré-escola à universidade. E, como outros, temos, por exemplo, prisões. Destaca-se, ainda, o atendimento de refeições a bordo de aviões, uma modalidade denominada catering que, embora tenha várias características da alimentação comercial, pelo nível de catividade dos comensais, caracteriza-se como alimentação coletiva.
Segundo Teixeira et al. (1990), uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) pode ser considerada um subsistema desempenhando atividades fins ou meios. No primeiro caso, como atividades fins, podem ser citados os serviços ligados a hospitais e centros de saúde, que colaboram diretamente com a consecução do objetivo final da instituição, uma vez que correspondem a um conjunto de bens e serviços destinados a prevenir, melhorar e/ou recuperar a população que atendem.
No segundo caso, ou seja, como órgãos meios, podem ser citados os serviços ligados a indústrias, instituições escolares e quaisquer outras que reúnem pessoas por um período de tempo que justifique o fornecimento de refeições. Nesses, desenvolvem-se atividades que procuram reduzir índices de acidentes, taxas de absenteísmo, melhorar a aprendizagem, prevenir e manter a saúde daqueles que atendem. Colaboram, assim, para que sejam realizadas, da melhor maneira possível, as atividades fins da entidade.
O objetivo de uma Unidade de Alimentação e Nutrição é o fornecimento de uma refeição equilibrada nutricionalmente, apresentando bom nível de sanidade, e que seja adequada ao comensal, denominação dada tradicionalmente ao consumidor em alimentação coletiva. Esta adequação deve ocorrer tanto no sentido da manutenção e/ou recuperação da saúde do comensal, como visando a auxiliar no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, a educação alimentar e nutricional. Além desses aspectos ligados à refeição, uma Unidade de Alimentação e Nutrição objetiva, ainda, satisfazer o comensal no que diz respeito ao serviço oferecido. Este item engloba desde o ambiente físico, incluindo tipo, conveniência e condições de higiene de instalações e equipamentos disponíveis, até o contato pessoal entre operadores da UAN e comensais, nos mais diversos momentos (Proença, 1997).
Já as UPRs comerciais devem conquistar os seus consumidores a cada momento, pois eles não apresentam obrigatoriedade nenhuma com relação à unidade. Essas unidades abarcam desde as distintas modalidades de restaurantes comerciais (por peso, à la carte), os serviços de hotelaria, as lanchonetes e unidades de fast-food, bem como as outras modalidades de serviço de refeições, incluindo os ambulantes em diversos níveis.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Novembro/Dezembro 2005
Fonte: http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=469

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Coaching.



Para quem ainda não conhece essa ferramenta importantíssima, a qual é muito aplicada principalmente em empresas... Surge a pergunta: O que é COACHING? Minha função agora é detalhar e explicá-lo.
Coaching em português quer dizer treinador. Treinar no intuito de aprimorar a carreira profissional do índivíduo. Pois o Coaching se apresenta como um processo de ferramentas a fim de equipar, dar suporte as pessoas com os conhecimentos, dando-lhes as oportunidades que são necessárias para melhor tornarem-se em suas funções desempenhadas.

Deixando bem claro que o coach (o profissional de coaching) não promove pessoas, mas sim lhes dão como já foi dito, as oportunidades que são necessárias para que assim elas possam se auto promoverem como pessoa e profissional. Já que as funções, características trabalhadas nelas ou em qualquer pessoa sempre estiveram com elas.

O coach nada mais é uma pessoa como nós, normal. Ao menos humano! Não é preciso que seja perfeito, com toda a efetividade que se pensa ter. Será raro às vezes que terá todo o conhecimento, ou toda sabedoria, é um processo gradativo, aos poucos. Encare o coach como sendo apenas um catalisador. Esse é o verdadeiro papel que este profissional irá desempenhar, "catalisador de desenvolvimento".

Ser um líder coaching implica ser capaz de trabalhar tanto com apenas um indivíduo, quanto saber coordenar o desempenho de uma equipe. Aflorando deles toda a capacidade que tenham. Mas também que saibam cortar toda aproximação, vínculo com eles, para que assim, estes possam aflorar e desenvolver de forma harmoniosa junto com toda a organização suas capacidades e as oportunidades.
Instigando-os e oferecendo-os feedbacks necessários para que aprendam por si mesmos.

O coaching desafia, encoraja diante dos obstáculos, que irão ou já se apresentaram. A finalidade é trazer à tona as capacidades inerentes de cada um, se os feedbacks aparecerem, deverá ser trabalhados. Aprenda com eles, extraindo experiências, capacidades que antes não se tinha conhecimento, ao menos não de forma consciente, é bom ressaltar.

Em outra postagem irei detalhar mais o coaching, essa palavrinha vem crescendo em suas funções. Existe definições como: coaching profissional, coaching financeiro... em fim um verdadeiro consultor de criatividade pessoal. E que muito me interessa e espero que à você também. Não perdemos nada quando somos capazes de agregar valor, principalmente valor pessoal e profissional.
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