Gestão - Alimentos & Negócios

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O câncer e a alimentação

Havia almoçado, recentemente, com meu namorado em um restaurante e ao comer um pedaço de "peito de frango", notamos que o frango não era frango! Não é maluquice gente, mas algo dentro daquela carne estranha ao meu paladar havia uma coisa que não era natural. Após matutar por algum tempo, notei que somos "obrigados" a comer a cada dia alimentos que poderão gerar algum dano a nossa saúde, já que nosso organismo não está acostumado a tantas “novidades”. Meu namorado me perguntou se existem testes que comprovem ao longo prazo, que aditivos e conservantes não fazem mal a saúde. Bem, já pesquisei sobre isso uma vez, mas para comprovar o que todos suspeitam, achei um artigo bastante interessante sobre uma das causas (estudas pela ciência) sobre a Doença do Século- O CÂNCER, e a associação a alimentação moderna.

De acordo com os maiores especialistas da área, os principais fatores que podem contribuir para o surgimento do câncer, além do fator genético (forte histórico familiar), são: maus hábitos alimentares, fumo, estresse e a obesidade.
Muitos componentes da dieta alimentar tem sido relacionados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente o de mama, cólon (intestino grosso), reto, próstata, esôfago e estômago. Os estudos mostram que 1/3 de todos os tipos de cânceres estão relacionados às dietas inadequadas. Uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon, frituras em geral, etc) está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon, reto e mama, enquanto que cânceres como o de esôfago e estômago estão relacionados mais com o consumo de alimentos defumados, assados na brasa e aqueles preservados em sal. Churrasco provoca câncer de acordo com muitos especialistas, só o cigarro pode ser mais perigoso do que as picanhas, lombos e lingüiças assados na brasa ou defumados.
Além do excesso de gordura, que dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso, levando a uma corrosão das paredes do intestino, podendo provocar mutações cancerígenas, os famosos churrascos e alimentos defumados podem levar para dentro do nosso corpo uma substância chamada amina heterocíclica. Essa substância é criada pelo calor da grelha, formando aquele pretinho crocante dos churrascos. As aminas heterocíclicas entram no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas.
O mesmo vale para os alimentos defumados impregnados pelo alcatrão (o mesmo do cigarro) proveniente da fumaça. (vale lembrar que toda madeira utlizada em defumação que tenha algum tipo de resina -resinosa- não é apropiada para tal processo, o que causa câncer).
O excesso de sal também é nocivo. Alimentos salgados demais ou preservados em sal (carne de sol, charque e peixes salgados) estão relacionados principalmente ao desenvolvimento de câncer de estômago.
Sozinho o sal não é tão prejudicial, mas misturado a uma substância chamada nitrosamina (produzida pela fermentação das carnes ao sol), se transforma numa toxina cancerígena.
Certos aditivos químicos utilizados na indústria durante o processo de fabricação dos alimentos podem também trazer vários riscos para nossa saúde. É o caso dos nitritos e nitratos. Usados para conservar alguns tipos de alimentos como picles, salsichas e alguns tipos de enlatados, podem transformar-se em nitrosaminas, substâncias com potente ação carcinogênica, responsáveis por altos índices de câncer de estômago.
Embora as quantidades de aditivos sejam regulamentadas e muito pequenas, todo cuidado é pouco, pois existem casos onde nem todos estão de acordo quanto à inocuidade desses aditivos. Além disso, o controle da quantidade desses aditivos é difícil, bem como a avaliação da susceptibilidade de cada consumidor aos mesmos, principalmente no que diz respeito aos danos a longo prazo.
Portanto, a minha dica é que da próxima vez que for ao supermercado, repare nos ingredientes do rótulo. Prefira o mais natural, até porque no tempo das nossas avós elas não usavam aditivos em suas cozinhas.
Outro ponto importante a ser destacado dentro do fator dieta diz respeito ao uso de hormônios que muitas vezes são utilizados para engordar animais artificialmente.
Uma dieta saudável a base de frutas, verduras/legumes, grãos de cereais e leguminosas (principalmente os integrais), leite e derivados com pouca gordura e carnes, de preferência peixe e frango sem pele é indicada para todos.
Também, o uso de alimentos que tem sido investigados como importantes na prevenção e controle do câncer como a soja, tomate, crucíferas (repolho, brócolis, repolho), alho, cebola e as frutas cítricas, devem ser diariamente consumidos.

Como se alimenta o brasileiro


No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.
Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa (1 em cada 3 entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. Em 2006, 71,9% da população revelava comer o grão ao menos cinco vezes na semana. Em 2010, a média caiu para 65,8%. No estado do Rio, a média de consumo do feijão ainda é alta: 71,7%. A queda na média nacional pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa e o feijão tem preparo demorado. O consumo de gorduras é mais elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.
Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias. Apesar de o mercado oferecer cada vez mais versões com menos açúcar, como os diet e os light, somente 15% dos brasileiros optam por eles. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. O consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, tem aumentado, mas ainda é baixo. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, 30,4% da população com mais de 18 anos comem frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana. Entre os entrevistados, 18,9% disseram consumir cinco porções diárias (cerca de 400 gramas) desses alimentos, mais do que o dobro do percentual registrado em 2006.

2 comentários:

  1. Bobagem do churrasco!! Aqui no RS todo mundo come e a maioria não morre de cancer. O japão, China o mundo inteiro fazem carnes na brasa e ninguém nunca falou nada. Isso deve ser propaganda de governo para pararmos de consumir carne ou cortar madeira. Tudo balela...
    Mande esse especialista falar comigo que dou uma aula melhor sobre cancer!!!

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  2. Tudo é um conjunto que leva a um denominador comum, aqui em questão, o cancêr. Não é que vá comer alguns pedaços de carne e ter um cancêr. Existem vários fatores, os quais irão favorecer e a carne vermelha é uma delas e não é bobagem ou balela, está comprovado. O perigo ocasionado pelo churrasco é que durante a preparação, a fumaça do carvão libera alcatrão e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, substâncias também cancerígenas. A OMS(Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão de carne (está excluido somente o frango e peixe) que não ultrapasse os 300 g por semana.
    Uma alimentação balanceada é a ideal para o equilibro da saúde e do corpo para ter uma vida mais longíqua.

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