Gestão - Alimentos & Negócios

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Atenção!!! Propaganda de Alimentos: Novo Regulamento da Anvisa.

Propaganda de alimentos: novo regulamento garante liberdade de escolha e incentiva alimentação saudável

Como já foi noticiado nos principais jornais do país, não poderíamos deixar de fora algo que tem grande importância no setor de alimentação. A nova Resolução da ANVISA publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, estabelece regras com relação ao uso de propagandas de alimentos que contenham altos teores de açúcares, gorduras trans, sódios e alimentos que contenham baixos valores nutricionais de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). As propagandas devem conter informativos de alerta aos danos que esses alimentos podem ocorrer quando ingeridos.
A ANVISA realizou consulta publica sobre o tema em 2006, havendo participação de instituições e a população, antes da publicação, onde se colocou em pauta as restrições das propagandas em certos horários e a proibições de vendas de refeições com brindes para crianças, onde incentivava o consumo de alimentos não saudáveis. Na verdade a preocupação da resolução está com o impacto na saúde alimentar principalmente das crianças, com a incidência de obesidade crescente entre esse publico. Abaixo você pode ver na integra o anuncio do site da Anvisa.

Artigo ANVISA

As propagandas de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio vão mudar nos próximos 180 dias. Esse é o prazo que as empresas têm para se adequar à RDC 24/2010http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?data=29/06/2010&jornal=1&pagina=46&totalArquivos=96, publicada nesta terça-feira (29). A resolução estabelece novas regras para a publicidade e a promoção comercial desses alimentos. O objetivo é proteger os consumidores de práticas que possam, por exemplo, omitir informações ou induzir ao consumo excessivo.
“O consumidor é livre para decidir o que comer. No entanto, a verdadeira liberdade de escolha só acontece quando ele tem acesso às informações daquele alimento, conhece os riscos para a sua saúde e não é induzido por meio de práticas abusivas”, afirma a gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado.
Com a nova resolução da Agência, ficam proibidos os símbolos, figuras ou desenhos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qualidade e composição dos alimentos. Também não será permitido atribuir características superiores às que o produto possui, bem como sugerir que o alimento é nutricionalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde.
Uma das grandes preocupações da resolução está focada no público infantil, reconhecidamente mais vulnerável. Por isso a nova resolução dá especial importância à divulgação acerca dos perigos vinculados ao consumo excessivo de determinados produtos.
Estudos internacionais demonstram que a vontade das crianças pesa na escolha de até 80% das compras feitas pela família. Em maio de 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou que os países adotassem medidas para reduzir o impacto do marketing desses alimentos sobre as crianças. O Brasil foi o primeiro país do mundo a apresentar medidas concretas. A nova resolução também atende a uma recomendação do Mais Saúde, o PAC da Saúde.

Alertas

Ao se divulgar ou promover alguns alimentos será necessário veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo. Para os alimentos com muito açúcar, por exemplo, o alerta é “O (marca comercial) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária”.http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/55eb1680430743cb9bc59f536d6308db/ALERTAS.pdf?MOD=AJPERES
No caso dos alimentos sólidos, esse alerta deverá ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar em 100g de produto. Em relação aos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml.
Na TV, o alerta terá de ser pronunciado pelo personagem principal. Já no rádio, a função caberá ao locutor. Quando se tratar de material impresso, o alerta deverá causar o mesmo impacto visual que as demais informações. E na internet, ele deverá ser exibido de forma permanente e visível, junto com a peça publicitária.
Os alertas deverão ser veiculados, ainda, durante a distribuição de amostras grátis, de cupons de descontos e de materiais publicitários de patrocínio, bem como na divulgação de campanhas sociais que mencionem os nomes ou marcas de alimentos com essas características.
Os fabricantes de alimentos, anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação que não cumprirem as exigências estarão sujeitos às penalidades da lei federal 6437/77: sanções que vão de notificação a interdição e multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.

Alimentação saudável é direito

Na atualidade, cada vez mais, a alimentação inadequada está relacionada a doenças crônicas como obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares. Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada recentemente revelou que o excesso de peso (sobrepeso e obesidade) já atinge mais de 46% da população brasileira. Os números refletem a queda no consumo de alimentos saudáveis e da substituição deles por produtos industrializados e/ou refeições prontas.
O direito à alimentação saudável está previsto em diversos tratados internacionais e desde fevereiro de 2010, por meio da promulgação da PEC 64, está estabelecido na Constituição como um direito social. A divulgação de informações, de forma clara e equilibrada, sobre os alimentos, principal preocupação da RDC 24/2010, é uma das estratégias para que esse direito seja garantido.


terça-feira, 29 de junho de 2010

Indústria de Alimentos: No Caminho da Inovação e de Novos Produtos

COM UM FATURAMENTO ANUAL SUPERIOR A R$ 184 BILHÕES, E DESTAQUE PARA OS SEGMENTOS DE CARNES E DERIVADOS, A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ALIMENTOS SE DIVERSIFICA E APOSTA EM NOVAS TECNOLOGIAS

por FLÁVIA GOUVEIA

Material disponivel em: http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-23942006000500020&lng=en&nrm=iso


A indústria de alimentos brasileira, responsável por quase 15% do faturamento do setor industrial e por empregar mais de 1 milhão de pessoas, tem conseguido seguir as tendências internacionais na área de produção, mas ainda precisa desenvolver trajetórias mais consistentes na área de inovação. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) com o objetivo de criar novos produtos de maior valor adicionado podem garantir o sucesso de empresas que se mobilizam para acompanhar a onda de consumo de alimentos saudáveis e de preparo rápido. Algumas empresas, porém, sequer possuem ainda um departamento de P&D.
As principais inovações ligadas ao mercado de alimentos estão nas áreas de insumos, biotecnologia, bens de capital e embalagens. O mercado de alimentos funcionais tem crescido a taxas anuais de aproximadamente 10% e se revela um campo fértil de pesquisa e oportunidades comerciais. Porém, de acordo com Jocelem Mastrodi Salgado, professora da Esalq/USP e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (Sbaf), as inovações em alimentos funcionais no Brasil são ainda incipientes se comparadas ao estágio em que se encontram hoje empresas do Japão, Estados Unidos e Europa. Ainda há um longo caminho a percorrer.
A produção de alimentos é um dos pilares de qualquer economia, seja por sua abrangência e essencialidade, seja pela rede de setores direta e indiretamente relacionados, como o agrícola, o de serviços e o de insumos, aditivos, fertilizantes, agrotóxicos, bens de capital e embalagens. No ano passado, apesar da pequena taxa de crescimento do PIB brasileiro (2,3%), seu faturamento foi recorde: R$ 184,2 bilhões, superior em quase 5% em relação a 2004, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia).
Este ano começou bem para o setor. No primeiro semestre a produção de alimentos, incluindo bebidas, já cresceu 3% comparado ao mesmo período em 2005, afirma Denis Ribeiro, diretor do departamento econômico e de comércio exterior da Abia. Um cenário econômico melhor, com previsões de crescimento do PIB entre 3,5 e 4% e taxas de juros menores, o que favorece o bom desempenho. "O crescimento dessa indústria no segundo semestre tende sempre a ser maior, em função das férias e Natal", diz Ribeiro. Ele lembra, no entanto, que em termos reais esses valores caem um pouco, pois se deve descontar o efeito da inflação, prevista pelo governo em 4,5%.

OS GRANDES NÚMEROS DO SETOR

Os segmentos que representaram maior parcela do faturamento em 2005 foram o de carnes e derivados (21,8%), beneficiamento de café, chá e cereais (15%), e óleos e gorduras (12,6%). A participação do segmento de bebidas é de aproximadamente 14% do faturamento do setor. No que se refere à demanda externa, o saldo exportador de agronegócios de alimentos atingiu US$ 31,5 bilhões em 2005 - US$ 20,1 bilhões para alimentos industrializados e US$ 11,4 bilhões para agropecuária. Os produtos de maior peso na pauta exportadora são carnes, açúcar, complexo soja, suco de laranja e café. O crescimento das exportações de alimentos industrializados (5,89%) foi superior ao do mercado interno (3,52%) e, até julho de 2006, as exportações desses produtos já estavam em US$ 11 bilhões. O principal destino das exportações dos alimentos brasileiros industrializados é a União Européia, responsável por 26,4% das vendas externas do setor no ano passado (ver gráfico 1). Essa participação, porém, já esteve acima de 30% em anos anteriores. Os vizinhos do Mercosul ocupam apenas a décima posição. O volume de importações é bem menor, da ordem de US$ 1 bilhão. Essa assimetria histórica reflete-se em superávits comerciais sistemáticos. Ribeiro afirma que as importações de alimentos concentram-se em trigo e farinha de trigo, que representam cerca de 40% da pauta.

PADRÕES DE CONSUMO

A produção da indústria alimentícia é absorvida por uma ampla gama de indústrias, que utilizam seus produtos como insumos, e pelos consumidores finais. Destaca-se o setor de serviços de alimentação, que cresce a uma taxa anual acima de 10% e adquire cerca de 25% da produção da indústria alimentícia brasileira. Esse segmento - que compreende restaurantes, bares, padarias, lojas de conveniência, fast foods etc - conta com mais de 1,2 milhão de pontos de venda e em 2005 faturou R$ 38,1 bilhões. Em comparação com a receita proveniente das vendas no varejo, que atingiu R$ 100,8 bilhões no mesmo ano, as vendas para os serviços de alimentação cresceram duas vezes mais (11,9% contra 5,6%).
Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE (2002/2003), o consumo de refeições fora do lar no Brasil é de aproximadamente um quarto do consumo total das famílias. Há diferenças entre a área urbana e a rural e entre as regiões. Na área urbana, o percentual gasto com alimentação fora do domicílio (25,74%) é o dobro do observado na área rural (13,07%) e, entre as regiões, a Sudeste é onde mais se gasta com alimentação fora de casa (26,91% dos gastos mensais com alimentação).
Com relação aos tipos de alimentos mais consumidos pelas famílias, o aumento da renda real dos últimos 20 anos permitiu a diversificação do padrão de consumo das classes com rendimentos menores e a criação de um novo mercado de consumo popular. Fatores como baixa inflação, programas sociais (como o Bolsa Escola), reajuste do salário mínimo e previdência contribuíram para o desenvolvimento desse mercado. A POF de 2002/2003 mostra que, em 30 anos, o brasileiro reduziu o consumo de gêneros tradicionais como arroz, feijão, batata, pão e açúcar e aumentou o consumo de alimentos processados, como iogurte (que passou de 0,4 kg para 2,9 Kg por pessoa em um ano), refrigerante de guaraná (de 1,7 Kg para 7,7 Kg) e alimentos preparados (de 1,7 Kg para 5,4 Kg). Para o pesquisador do Instituto de Economia da Unicamp, Marcio Pochmann, "a demanda reprimida por alimentos industrializados sempre existiu, mas o pequeno ganho de renda e o aumento do emprego (ainda que de baixa remuneração) permitiram a popularização de seu consumo." O economista ressalta, porém, que esse processo só será sustentável se os investimentos no país forem retomados e se a concentração de renda diminuir.

EMPRESAS E INVESTIMENTOS

Conforme o Balanço Anual 2005 da Abia, o setor alimentício possui 40,7 mil empresas formais, sendo 85% delas microempresas (com até 19 empregados) e apenas 0,9% grandes empresas (com mais de 500 empregados). As maiores empresas do setor são as responsáveis pelos investimentos de grande porte e pela P&D. Em volume de vendas, as três maiores companhias do setor (excluindo a produção de bebidas alcoólicas) possuem controle acionário externo, mas a partir da quarta posição já aparecem as grandes empresas brasileiras, invariavelmente do setor de carnes e derivados (ver tabela 1)
Em geral, as empresas produzem e vendem tanto alimentos do tipo commodity, de baixo valor agregado, quanto os processados que incorporam maior conteúdo tecnológico. Nessa categoria estão produtos industrializados não-commoditizados como confeitos, produtos diet e light, alimentos semi-prontos e alimentos funcionais.
Os investimentos realizados em 2005 foram estimados pela Abia em 2,5% do faturamento, dos quais 1,5% destinaram-se à aquisição de equipamentos e plantas produtivas, 0,7% à marketing e 0,3% à P&D. "Há empresas de alimentos no Brasil que sequer possuem um departamento de P&D", afirma Sílvia Angélica Domingues, doutoranda do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp. "Pode-se dizer que as inovações do setor são desenvolvidas sobretudo de forma indireta, ou seja, pela indústria de bens de capital para a produção de alimentos, pelos produtores de insumos químicos e pelo setor de embalagens", diz Domingues.
Observando-se os dados da última Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica do IBGE (Pintec 2003), verifica-se, porém, que a taxa de inovação do setor alimentício (29,5%) é próxima da taxa de inovação de economia em geral (33,2%). Mas é preciso analisar a taxa de inovação - entendida como a porcentagem de empresas que inovaram em relação ao universo das empresas - com cuidado. De acordo com Domingues, "muitas empresas que dizem ter inovado, realizaram imitações de inovações já lançadas por concorrentes, o que configura uma inovação apenas do ponto de vista daquela empresa e não para o mercado".
Por outro lado, as grandes empresas vêem suas inovações como extremamente estratégicas e resistem a dar declarações sobre suas ações tecnológicas, evitando revelar informações sigilosas aos concorrentes. "Acreditamos que falar sobre nossas tecnologias e desenvolvimentos de produtos pode expor nossos trunfos a outras empresas do ramo, prontas para nos copiar", afirma a assessoria de imprensa de uma das maiores do ranking. Outras empresas também se recusaram a falar sobre o assunto. A afirmação revela o equilíbrio de forças das grandes líderes do mercado e a preocupação com o segredo industrial como forma de proteção das inovações.

INOVAÇÕES INCREMENTAIS

As inovações na indústria alimentícia são majoritariamente incrementais. De acordo com Airton Vialta, vice-diretor do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), as grandes inovações ocorrem principalmente na área de formulação de ingredientes e aditivos, alimentos funcionais, transgênicos e embalagens. "Os novos aromas, corantes, amidos modificados, enzimas e moléculas, criados pela indústria de ingredientes e aditivos, assim como os microorganismos probióticos, antioxidantes, imunopeptídeos, isoflavonas e outros componentes que caracterizam os alimentos como funcionais representam a maioria das inovações em alimentos", diz Vialta.
Segundo o especialista, a tendência atual é a alimentação saudável, com substituição de gorduras nocivas (como as trans-saturadas) pelas benéficas (como as do tipo ômega 3 e 6). Nessa direção, também tem aumentado a procura por alimentos orgânicos - aqueles livres de agrotóxicos, hormônios e aditivos químicos artificiais -, apesar de seus preços pouco atrativos. "Outra tendência são os alimentos semi-prontos, chamados "do freezer ao forno", uma vez que se deseja cada vez mais reduzir o tempo gasto com o preparo de refeições", lembra Vialta. "É aí que entram os insumos da indústria química de ingredientes, com destaque para a indústria de aromas", diz ele.

domingo, 27 de junho de 2010

Vamos pedir comida pela net?



 A nova idéia atualmente para agradar aos consumidores e facilitar sua comodidade com relação a pedidos e entrega de alimentos é a internet. Bem, a idéia não é tão nova assim, mas está ganhando força para segurar uma fatia do mercado pelas empresas de alimentação. No Brasil são poucas empresas que disponibilizam tal serviço de delivery de comida, mas as que já aplicam garantem que o investimento vale à pena.
A diferenciação dos pedidos feitos pela internet aos de telefones e que aqueles possibilitam as pessoas visualizar as refeições, comentários realizados por clientes (em alguns casos), e a variedade de buscas pelo serviço disponível na região onde mora sem ter que ficar olhando longamente a lista telefônica.

Um artigo bem interessante mostra a força dessa vertente do mercado alimentício. Vale à pena ler.



Comida pela internet

O casal Eduardo e Elisângela sempre escolhe e pede comida pela internet. Em São Paulo, eles fazem pedidos em diferentes restaurantes. Já são fregueses on-line e gastam por mês até R$ 300.“A principal vantagem é que eu não preciso ter o cardápio em mãos. Assim, como eu ando sempre com meu notebook, eu trabalho em vários lugares, onde eu parar, eu consigo ter um cardápio on-line na hora e eu posso fazer o pedido”, diz o cliente Eduardo Regioli. Os empresários – Marco Antonio Corradini e Luis Carlos Jares - criaram o portal de restaurante na web. Lá, ficam centralizados os cardápios de vários restaurantes de São Paulo. A empresa começou a funcionar em 2005. O investimento na instalação do projeto foi de R$ 200 mil. Na verdade, este portal é uma espécie de praça de alimentação virtual. O sistema instalado pelo portal restaurante web é sofisticado. Duzentos restaurantes parceiros já estão cadastrados. Para o cliente internauta, fazer o pedido on-line, primeiro ele coloca o CEP do endereço onde o pedido será entregue. O sistema indica os restaurantes que atendem na região. Aí, é só escolher o restaurante e o prato preferido. Ao clicar para confirmar, são solicitadas informações do cliente: nome, endereço, e-mail e telefone.O internauta só paga a taxa de entrega cobrada pelo restaurante. O uso do portal é gratuito. Já o restaurante recebe a informação do pedido por um sinal sonoro. O sistema do portal delivery tem capacidade de receber ao mesmo tempo até cem pedidos on-line. No restaurante, um funcionário monitora todos os pedidos que chegam pela internet. E logo a cozinha começa a preparar o prato.
O empresário Alexandre Levy – dono de uma pizzaria – participa do portal de restaurantes de delivery on-line. Para ele, o sistema eliminou um problema comum nos pedidos de pizza.
“Muitas vezes a pessoa liga para cá e faz o pedido por telefone. Então ela pede: meia calabresa e meia mussarela. Metade sem cebola, metade com azeitona. O pizzaiolo faz exatamente como ele pediu. Aí chega lá e ele fala ´não é essa a pizza que eu pedi!´. Então, ele pedindo pela internet não tem como sair errado”, comenta Alexandre Levy, dono da pizzaria.
Para participar do portal, cada restaurante paga uma taxa de adesão de até R$ 600. O percentual das vendas on-line varia de 5% a 8%. Para o portal, cada restaurante é um importante parceiro.
“A gente é parceiro no tocante a venda. Quanto mais vender, obviamente vai ter participação maior”, aponta o empresário Marco Antônio Corradini.
O empresário Roberto Magalhães é dono de uma rede de pastelaria. Há seis meses, ele implantou o sistema delivery on-line, que hoje é responsável por 15% das vendas.
“A gente vai passar de 50% muito rápido. Porque as pessoas querem a praticidade da internet, você elimina o atendimento fonado, elimina erros. A pessoa escolhe, coloca no carrinho, aperta enter. Vai sair na cozinha o pedido e ponto final. Vai sair o que ela pediu”, explica Roberto Magalhães, dono de pastelaria.
A consultora Adriana Furquim acredita que no máximo, em cinco anos, a internet vai dominar o sistema de delivery dos restaurantes no Brasil. Para ela, os empresários devem se preparar e implantar a ferramenta no negócio para ter um diferencial competitivo.
“A partir do momento que você tem o seu restaurante já informatizado, o delivery, ele não vai ter um custo diferente pra você. Você não vai agregar custo. Você, na verdade, vai estar redirecionando o custo de um atendente pra uma participação nessa empresa, que está te dando a tecnologia. Então é uma parceria. Esse é o diferencial competitivo, como a gente chama, para os novos empresários do mercado”, aponta Adriana Furquim, consultora de restaurantes.
Encontre esta reportagem em:



Lista de serviços  de delivery pela internet:









http://www.restauranteweb.com.br/capaRestaurante.cfm?CFID=7840278&CFTOKEN=75737215&codRestaurante=110&codFilial=1&tipo=cep&cep=00000000&origem=RW&indicaCep=sim1

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Endomarketing, Nova Ferramenta Empresarial.



Endomarketing é um termo direcionado para o marketing interno nas organizações, etimologicamente a palavra designa do termo endo em latim que quer dizer “dentro”, “ação dentro” como por exemplo: endodontia, endoplasma, entre outros.. As empresas vêm mostrando interesse por essa área que é a mais nova ferramenta da administração. E busca aprimorar algumas estratégias do marketing tradicional.

Antes que a empresa queira vender o produto para o público externo, este tem que primeiro vender o produto para o seu público interno. Quem nunca ouviu a expressão: “Antes de vender o produto, tem que comprá-lo primeiro.”

E se você consegue vender este produto e/ou idéia para quem o está criando, para o seu funcionário, é tão importante quanto seria vender para o cliente.

Muitas empresas em todo mundo vêm abordando esta ferramenta com muito cuidado e percebendo a sua importância, principalmente agora com o crescimento da globalização. Onde tudo se interliga com maior intensidade. Voltar-se um pouco mais para as situações internas é de suma importância para o crescimento e sucesso de uma empresa.

Endomarketing mais do que uma simples ferramenta de marketing interno, mas uma ferramenta de valorização do cliente interno. Motivar os funcionários, para que todos caminhem na mesma direção passa a ser uma tarefa de sobrevivência. E habituar-se a essa nova ferramenta empresarial, exige um importante processo de comunicação. Já que é uma área totalmente ligada às comunicações internas, que une técnicas do marketing com elementos e conceitos de recursos humanos. A opinião dos colaboradores dentro da empresa tem grande influência nas opiniões do público externo. Em meio a isso as empresas vêm investindo ainda mais no endomarketing em suas corporações. Como estratégia de recursos humanos.

Essa prática estratégica visa dar aos colaboradores sua devida importância, em um serviço orientado para atender aos clientes. Isso inclui assumir valorização, responsabilidade, iniciativa, motivação, para que possa fazer o melhor trabalho em sua função desempenhada.

A empresa passa a dar meios, motivação, valor. Faz com que a comunicação seja mais objetiva nas informações circuladas na empresa. Facilitando o trabalho interno.

Vitaminas


VITAMINA (do latin “Vita”, vida + elemento composto amina, porque Casimir Funk, ao criar o termo, em 1911, descobrindo a primeira vitamina - vitamina B1- identificou-a como uma amina imprescindível para a vida). Desde as experiências fundamentais de Lavoisier, no século XVIII, até os estudos de Funk, um período de hipóteses, de investigações experimentais e observações clínicas imperou, por etapas, até chegar-se ao ano de 1920, encerrando-se, assim o que poderia denominar o primeiro ciclo das investigações vitaminológicas. No período de 1920 a 1940 estudos, de maneira incrementada, possibilitou a identificação da causa de diversas doenças, hoje reconhecidas como carências e a descoberta de novos fatores vitamínicos tais como a distinção entre as vitaminas A e D, a natureza nutricional e a vitaminótica da pelagra, a função nutritiva da riboflavina, as diversas funções da tiamina, a descoberta do ácido ascórbico, da biotina, da vitamina K, do ácido fólico, o isolamento da vitamina E, da vitamina B12 e a constatação que, sob a denominação genérica de vitamina B, estavam grupados diversos fatores vitamínicos de estrutura e funções diferentes que compunham o chamado "complexo B”. Nesse período foram tentadas com sucesso as primeiras sínteses vitamínicas e sobre maneira enriquecido o patrimônio vitaminológico com o estabelecimento de sua importância na nutrição, suas fontes alimentares, suas funções fisiológicas e seu emprego em diversas afecções em que elas se mostram, em muitos casos, eficazes.
Segundo os Anais do III Congresso Internacional de Vitaminologia, realizado em 1953 em Milão, na Itália, "as vitaminas são substâncias orgânicas especiais, que procedem freqüentemente como coenzimas, ativando numerosas enzimas importantes para o metabolismo dos seres vivos. São reproduzidas nas estruturas celulares das plantas e por alguns organismos unicelulares. Os metazoários não as produzem e as obtêm através da alimentação. São indispensáveis ao bom funcionamento orgânico. Agem em quantidades mínimas e se distinguem das demais substâncias orgânicas porque não constituem uma fonte de energia nem desempenham função estrutural". A deficiência de alguma ou algumas vitaminas no organismo desencadeia distúrbios que são conhecidos como avitaminoses ou doenças de carência, como por exemplo, o escorbuto, o beribéri, o raquitismo etc., algumas são encontradas na natureza sob uma forma inativa, precursora da vitamina propriamente dita, denominada provitamina.
As vitaminas são classificadas pela sua ação biológica e em termos de suas características físico-químicas em:
Hidrossolúveis: tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, cobalamina, biotina, ácido ascórbico, inositol, paba, vitaminas P, F, B15.
Lipossolúveis: vitamina A, D, E e K.

Vitamina A ou retinol


Tem um papel importante no que respeita à visão, pele, cabelo, crescimento, desenvolvimento do osso, assim como no fortalecimento do sistema imunológico. Podemos encontrá-la em alimentos como os espinafres, cebola, legumes de folha verde, abóbora, batata-doce, meloa, salsa, cenoura, pimento vermelho e manga.
A sua deficiência pode provocar visão deficiente à noite, secura generalizada das mucosas, stresse, aumento de infecções e redução do olfacto e paladar.
O valor da DDR encontra-se entre as 600 e 700 mcg.



Vitamina B1 ou tiamina


Tem como função principal transformar os hidratos de carbono e as gorduras em energia. É importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração. Também melhora o raciocínio.
Alimentos como ervilha, pão, cereais, arroz integral, feijão, frutos secos, leguminosas e batatas apresentam grande oferta dessa vitamina.
Problemas relacionados com insónias, fadiga, nervosismo, perda de apetite/memória/energia/sensibilidade, fraqueza muscular encontram-se na origem de carências desta vitamina.
O valor da DDR encontra-se entre 0,8 e 1 mg.


Vitamina B2 ou riboflavina


Atua na boa saúde dos tecidos celulares, é também essencial para a libertação da energia contida nos alimentos. Importante para a saúde dos olhos, pele e boca. Para evitar problemas como a depressão, inflamação das gengivas, lábios secos, grande sensibilidade à luz e algumas formas de anemia convém alimentar-se de arroz, aveia, sementes de girassol, ervilhas, todas as couves e cereais.
O valor da DDR encontra-se entre 1,1 a 1,3 mg.


Vitamina B3 ou PP (niacina)


É uma vitamina que desempenha uma função importante no metabolismo energético através dos quais o organismo extrai dos alimentos a energia necessária ao seu funcionamento. Facilita a circulação do sangue e a respiração celular.
Encontra-se sobretudo em alimentos ricos em proteínas, nas batatas, ervilhas e nos alperces secos.
O valor da DDR é de cerca de 15mg. Como o excesso desta vitamina é eliminado pela urina, não existe risco de consumo excessivo. A sua carência é muito rara em países ocidentais, onde a alimentação é rica em proteínas.


Vitamina B5 ou ácido pantoténico


Tem um papel importante no metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e gorduras e é por isso importante na manutenção e reparação de todas as células e tecidos.
Encontra-se presente em quase todos os alimentos, de forma que não se conhecem formas carência
Mas vegetais, legumes e cereais de grão inteiro são provavelmente as fontes mais comuns.
Deve ingerir-se 4 a 7 mg diários desta vitamina.





Vitamina B6 ou piridoxina

Desempenha uma função importante no metabolismo das proteínas e na formação dos glóbulos vermelhos. As carências desta vitamina manifestam-se quase só em crianças pequenas, com sintomas como perda do apetite, modificações da pele e das mucosas, atraso no crescimento, problemas musculares, cãimbras.
Encontra-se nos cereais integrais, no feijão, na banana e no fermento.
O valor da DDR é de cerca de 2mg



Vitamina B9 ou ácido fólico


É essencial para o crescimento correcto e para o funcionamento óptimo do sistema nervoso e da medula óssea. As perturbações causadas por esta vitamina são anemia, malformação dos glóbulos vermelhos. As necessidades desta vitamina aumentam significativamente durante a gravidez.
Pode encontrar-se no gérmen de trigo, na soja, nas sementes de linhaça e nas hortaliças.
A DDR ronda os 200 mcg.


Vitamina B12 ou cianocobalamina


É essencial para o crescimento, para a divisão celular e coagulação do sangue.
Para vegetarianos: Um ovo-lacto-vegetariano pode obter vitamina B12 nos ovos e nos lacticínios. Um vegano deve consumir cereais e leite de soja fortificados ou um suplemento.
A sua deficiência é causadora de anemia, alterações neurológicas graves e fadiga.
O valor da DDR é à volta 1,5 mg.




Vitamina C

É conhecida por combater as gripes, favorecer a formação dos ossos e dentes, e também contribuir para absorção do ferro e acelerar o processo de cicatrização. As frutas cítricas são a sua principal fonte, mas também é possível encontrá-la no morango, kiwi, couve-de-bruxelas, batata, caju, pimento e goiaba.

A deficiência de vitamina C pode causar fadiga, perda de apetite, gengivas inflamadas, e uma cicatrização lenta. Em casos mais graves pode dar origem ao escorbuto que provoca, entre outros sintomas, a queda dos dentes e enfraquecimento dos ossos.
O valor da DDR é de cerca de 40 mg.

Vitamina D


Tem como função promover a adequada absorção do cálcio e fósforo e favorecer o crescimento. A sua absorção é sintetizada pela pele, isto é a pele absorve os raios ultravioletas e converte-os.
A deficiência deste nutriente provoca fraqueza, tensão muscular e raquitismo nas crianças (apesar de ser bastante raro, principalmente na Europa). Estudos recentes demonstram haver uma ligação entre níveis baixos de vitamina D em mães, e o risco crescente de pré-eclampsia - uma grave complicação na gravidez, que pode levar à morte do feto.
Não existe um valor fixo da DDR, mas a sua formação na pele durante o Verão é geralmente suficiente para o organismo durante todo o ano. Caso exista a impossibilidade de apanhar sol recomenda-se um suplemento de 10 mcg.
Lembrando que a vitamina é transformada em d3(absorvida pelo organismo) através da ação do Sol.


Vitamina E

É conhecida pela sua acção benéfica relativamente ao sistema reprodutor, assim como pelo bom funcionamento do tecido muscular e um aumento da resistência às infecções. Os cereais constituem a sua fonte, mas também pode ser encontrada na noz, avelã, batata-doce, gérmen de trigo, aveia, abacate e óleos vegetais.
Apesar da sua carência ser rara (manifesta-se unicamente em bebés prematuros e pessoas incapazes de absorver gorduras), esta leva a anemia, lesões nos nervos e fraqueza muscular.
O valor da DDR é de pelo menos 4 mg.

Vitamina H ou biotina (também conhecida por B8)

Encontra-se presente na composição de numerosas enzimas que intervêm no metabolismo do carbono, em especial dos glícidos e dos lípidos. Excepto em casos de grave desnutrição, não costumam registar-se carências desta vitamina.
Grande parte das necessidades desta vitamina é suprida através das bactérias da flora intestinal. Algumas fontes alimentares de vitamina H incluem levedura de cerveja, rebentos de soja, cogumelos, verduras frescas.
A DDR é de cerca de 10 mcg.
Vitamina K

Tem um papel importante no processo de coagulação do sangue, e em casos graves a sua falta pode causar hemorragias.
O conhecimento do teor da vitamina K nos alimentos ainda se encontra pouco esclarecido, mas podemos apontar como principais fontes os legumes verdes, espargos, arroz integral, tomate e óleos vegetais.
O valor da DDR encontra-se entre 65 a 70 mcg.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Probióticos e Prebióticos

Probióticos e Prebióticos

Saúde & Qualidade de Vida - Saúde & Nutrição

Na Ciência da Nutrição as novidades sobre a alimentação são contínuas. Felizmente, cada vez mais, alimentos que desempenham funções benéficas ao organismo humano são descobertos, na maioria das vezes exercendo funções como prevenção de doenças e riscos minimizados, proteção de órgãos e tecidos, manutenção das reações básicas, entre outros.
Esses alimentos são denominados “alimentos funcionais”. De acordo com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. Entre esses alimentos estão os probióticos e os prebióticos.
O termo probiótico deriva do grego e significa “pró-vida”, sendo o antônimo de antibiótico, que significa “contra a vida”. O termo probiótico foi definido inicialmente como: “organismos vivos que quando ingeridos exercem efeito benéfico no balanço da flora bacteriana intestinal do hospedeiro” e ampliado posteriormente para: “organismos vivos que quando ingeridos em determinado número exercem efeitos benéficos para a saúde”. A definição atual é a seguinte: "suplemento alimentar microbiano vivo, que afeta de forma benéfica seu receptor, através da melhoria do balanço microbiano intestinal".
Os probióticos são bactérias que produzem efeitos benéficos no hospedeiro, usados para prevenir e tratar doenças como promotores de crescimento e como imunoestimulantes.
Vários microorganismos são usados como probióticos, entre eles bactérias ácido-lácticas, bactérias não ácido lácticas e leveduras. As mais conhecidas bactérias que exercem as funções no organismo são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial Lactobacillus acidophillus.

Os probióticos exercem as seguintes funções no organismo:

•Aumentam de maneira significativa o valor nutritivo e terapêutico dos alimentos, pois ocorre um aumento dos níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos. Absorção acrescida de cálcio e ferro;

•Fortalecem o sistema imunológico, através de uma maior produção de células protetoras;

•Possuem efeito funcional benéfico no organismo, equilibrando a flora intestinal, atuando no controle do colesterol e na redução do risco de câncer;

•Possuem uma particular importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de uma enzima que facilita a digestão da lactose.

Segundo estudos recentes, além destas funções os probióticos também auxiliam no reforço do sistema imunológico, ajudando o organismo a criar defesas contra bactérias e microorganismos indesejáveis.
Além das propriedades mencionadas, os probióticos devem ser inócuos, manter-se viáveis por longo tempo durante a estocagem e transporte, tolerar o baixo pH do suco gástrico e resistir à ação da bile e das secreções pancreática e intestinal; não transportar genes transmissores de resistência a antibióticos e possuir propriedades anti-mutagênicas e anticarcinogênicas, assim como resistir a fagos e ao oxigênio. Os probióticos normalmente têm pouco tempo de duração e, por isso mesmo, devem ser mantidos bem refrigerados. Ao serem ingeridos através dos alimentos, vão para o intestino e ali somam-se à flora já existente, sem se fixarem, equilibrando-a e, com isso, auxiliando no trabalho de absorção dos nutrientes.
Os probióticos podem ser componentes de alimentos industrializados presentes no mercado, como leites fermentados, iogurte, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. Os leites fermentados são o principal exemplo de fonte de probióticos. Mas é preciso manter uma espécie de ritual de ingestão diária destas substâncias para que os efeitos desejados se comprovem.
O termo prebiótico é utilizado, a diferença de probiótico, para designar ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiam o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou um número limitado de espécies bacterianas no cólon.
Os alimentos prebióticos são alguns tipos de fibras alimentares, ou seja, carboidratos não digeríveis pelo nosso corpo, possuindo desta forma uma configuração molecular que os torna resistentes à ação de enzimas.

Os prebióticos apresentam as seguintes funções:

•Ajudam na manutenção da flora intestinal;

•Estimulam a motilidade intestinal (trânsito intestinal);

•Contribuem com a consistência normal das fezes, prevenindo assim a diarréia e a constipação intestinal por alterarem a microflora colônica propiciando uma microflora saudável;

•Colaboram para que somente sejam absorvidas pelo intestino as substâncias necessárias, eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol, favorecendo, então a diminuição do colesterol e triglicérides totais no sangue;

•Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias. Essas bactérias suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem formar substâncias tóxicas.

Exemplos de prebióticos são: frutoologosacarídeos (FOS) e a inulina. Os FOS são obtidos a partir da hidrólise da inulina. Os frutooligosacarídeos estão presentes em alimentos de origem vegetal, como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja. A inulina é um polímero de glicose extraído principalmente da raiz da chicória, é encontrada também no alho, cebola, aspargos e alcachofra. A inulina extraída da chicória é produzida comercialmente e pode ser consumida por diabéticos como substituto do açúcar por conter de 1 a 2 kcal/g.
Os prebióticos e probióticos têm essas funções e o consumo destes alimentos deve ser estimulado. Os dois podem ser encontrados em alimentos e também em medicamentos. Porém, é primordial consultar um especialista para saber exatamente quais as melhores fontes destas substâncias. No entanto, é importante saber que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos, mas também com o estilo de vida, a hereditariedade, influência do meio ambiente e atividade física. Assim, é fundamental perceber que uma boa saúde não depende somente de alimentos funcionais e sim de vários fatores que juntos proporcionam uma vida saudável.

Referencias:
1. Krause
2. COPPOLA, Mario de Menezes e GIL-TURNES, Carlos. Probióticos e resposta imune. Cienc. Rural, jul./ago. 2004, vol.34, no.4, p.1297-1303.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Doenças de origem alimentar ou toxinfecção alimentar


Todos sabemos que os alimentos possuem papel essencial na saúde humana.No entanto, algumas pessoas desconhecem que quando não conservados, armazenados e preparados, obedecendo às normas de higiene, o alimento se torna responsável pela transmissão de doenças. Dessa maneira, entre as doenças provenientes de alimentos contaminados encontramos a intoxicação e infecção alimentar, conhecidas no geral por toxinfecção alimentar.
Toxinfecção alimentar é o nome que se dá aos sintomas desagradáveis que uma pessoa apresenta depois de ingerir alimentos contaminados por microrganismos nocivos ao organismo, como as bactérias e outros. Provavelmente você alguma vez experimentou episódios de náuseas, vômito, febre, cólicas intestinais, diarréia, coceira na pele, entre outros, depois de ter consumido aquela maionese, frutos do mar ou doce, que por sinal estavam ótimos, naquele restaurante chiquetérrimo no almoço do domingo.
Assim, contrariando o que a maioria das pessoas acreditam, os alimentos contaminados pelas bactérias normalmente possuem aparência, gostos e cheiro normais. É importante dizer que as bactérias, por serem microrganismos, são invisíveis ao olho nu. Daí a causa menos comum das doenças de origem alimentar é a ingestão de alimentos visivelmente deteriorados pelos microrganismos.
Outra causa da toxinfecção alimentar pode ser a ausência de uma higienização adequada dos manipuladores, equipamentos e utensílios que estão em contato com o alimento. Outra forma para ocorrer a doença é armazenar, distribuir e consumir alimentos que se encontram em temperaturas e tempo de exposição do alimento ideais para a multiplicação das bactérias.
Além disso, cada bactéria é única, tem preferência de alimentos, provoca diferentes sintomas no organismo saudável e possui período de incubação (tempo que demora para surgir os sintomas) que vai de 1 a 72 horas após a ingestão do alimento contaminado.
"Regras de Ouro" da Organização Mundial de Saúde para preparação higiênica dos alimentos.

1- Escolher alimentos tratados de forma higiênica


Ainda que muitos estejam melhores em estado naturais, outros somente são seguros quando tratados. Por exemplo, convém sempre adquirir leite pasteurizado, em vez de in natura e, se possível, comprar carnes (frescas ou congeladas) que tenham sido tratadas em temperaturas adequadas para imperdir a presença de bactérias.

2- Cozinhar bem os alimentos


Muito dos alimentos crus estão em meios contaminados por microrganismos. Estes podem ser eliminados apenas por uma boa cocção (cozinhar) dos alimentos. A temperatura ideal de cocção deve atingir pelo menos 70ºC em toda massa do alimento. Os alimentos congelados devem ser completamente descongelados antes da cocção.

3 - Consumir imediatamente os alimentos cozidos


Quando os alimentos cozidos se esfriam à temperatura ambiente, os microrganismos iniciam a sua multiplicação. Quanto mais tempo se espera, maior é o risco. O ideal é manter o alimento em temperatura de até 65ºC para o consumo.

4 - Armazenar cuidadosamente os alimentos


- Temperatura de armazenamento de alimentos congelados - igual ou menor a 0ºC ou de acordo com as recomendações do fabricante;

- Temperatura de armazenamento de alimentos resfriados - de 0ºC a 10ºC ou de acordo com as recomendações do fabricante;

- Temperatura de armazenamento de alimentos cozidos - em condições de calor: acima de 65 C; em condições de frio: em torno ou abaixo de 10ºC


5 - Evitar o contato entre os alimentos crus e cozidos


Um alimento bem cozido pode se contaminar com um mínimo contato com alimentos crus. Esta contaminação "cruzada" pode ser direta, como acontece, por exemplo, quando utilizamos uma tábua para cortar a carne assada e com essa mesma tábua trinchamos a carne crua.


Entre as outras "Regras de Ouro" podemos citar o uso de água limpa e tratada, a lavagem constante das mãos, antes de manipular o alimento e após qualquer interrupção, a limpeza das superfícies de contato do alimento e a manutenção dos alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais.
Saiba um pouco mais das principais bactérias causadoras da doenças alimentares:





















































Por: Roberta Stella
Nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP)

Consumidor terá mais informações sobre qualidade de alimentos



Consumidor terá mais informações sobre qualidade de alimentos

14 de abril de 2010
Os cidadãos brasileiros acabam de ganhar mais um canal de acesso a informações sobre qualidade de frutas e hortaliças comercializados no Brasil. Foi inaugurado, nesta terça-feira (13), no Hipermercado Extra, em Brasília (DF), o primeiro terminal de consulta pública do Serviço Além do Rótulo.
No terminal, os consumidores podem acessar dados científicos sobre a qualidade e segurança de alimentos, como propriedades nutricionais, fraudes, alertas e contaminações por agrotóxicos. O conteúdo do serviço “Além do Rótulo” também está disponível na internet, no endereço eletrônico: www.alemdorotulo.com.br
A idéia é que os terminais estejam disponíveis em outros ambientes públicos, como explica o coordenador do projeto, o pesquisador Fénelon Neto. “Por meio de parcerias, estes terminais poderão estar em postos de saúde, escolas e outros supermercados. Basta articular interessados e parceiros”, diz Neto.
Para o gerente de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Luiz Cláudio Meirelles, o projeto é uma oportunidade de informar o consumidor sobre temas importantes para saúde. “O serviço oferece ao consumidor uma base de informações qualificadas para que ele possa fazer escolhas mais conscientes na hora da compra de alimentos”, afirma Meirelles.
Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, é preciso investir cada vez mais na aproximação entre ciência e sociedade. Para outras informações sobre o serviço, os interessados podem entrar em contato com os responsáveis pelo projeto, pelo e-mail: alemdorotulo@ctaa.embrapa.br ou pelo telefone (21) 3622 9743.

Parceria
O conteúdo do serviço Além do Rótulo foi construído graças às parcerias entre a Embrapa, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Católica de Brasília e Anvisa. Também apoiaram o projeto a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Grupo Pão de Açúcar.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/alimentos#

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O câncer e a alimentação

Havia almoçado, recentemente, com meu namorado em um restaurante e ao comer um pedaço de "peito de frango", notamos que o frango não era frango! Não é maluquice gente, mas algo dentro daquela carne estranha ao meu paladar havia uma coisa que não era natural. Após matutar por algum tempo, notei que somos "obrigados" a comer a cada dia alimentos que poderão gerar algum dano a nossa saúde, já que nosso organismo não está acostumado a tantas “novidades”. Meu namorado me perguntou se existem testes que comprovem ao longo prazo, que aditivos e conservantes não fazem mal a saúde. Bem, já pesquisei sobre isso uma vez, mas para comprovar o que todos suspeitam, achei um artigo bastante interessante sobre uma das causas (estudas pela ciência) sobre a Doença do Século- O CÂNCER, e a associação a alimentação moderna.

De acordo com os maiores especialistas da área, os principais fatores que podem contribuir para o surgimento do câncer, além do fator genético (forte histórico familiar), são: maus hábitos alimentares, fumo, estresse e a obesidade.
Muitos componentes da dieta alimentar tem sido relacionados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente o de mama, cólon (intestino grosso), reto, próstata, esôfago e estômago. Os estudos mostram que 1/3 de todos os tipos de cânceres estão relacionados às dietas inadequadas. Uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon, frituras em geral, etc) está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon, reto e mama, enquanto que cânceres como o de esôfago e estômago estão relacionados mais com o consumo de alimentos defumados, assados na brasa e aqueles preservados em sal. Churrasco provoca câncer de acordo com muitos especialistas, só o cigarro pode ser mais perigoso do que as picanhas, lombos e lingüiças assados na brasa ou defumados.
Além do excesso de gordura, que dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso, levando a uma corrosão das paredes do intestino, podendo provocar mutações cancerígenas, os famosos churrascos e alimentos defumados podem levar para dentro do nosso corpo uma substância chamada amina heterocíclica. Essa substância é criada pelo calor da grelha, formando aquele pretinho crocante dos churrascos. As aminas heterocíclicas entram no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas.
O mesmo vale para os alimentos defumados impregnados pelo alcatrão (o mesmo do cigarro) proveniente da fumaça. (vale lembrar que toda madeira utlizada em defumação que tenha algum tipo de resina -resinosa- não é apropiada para tal processo, o que causa câncer).
O excesso de sal também é nocivo. Alimentos salgados demais ou preservados em sal (carne de sol, charque e peixes salgados) estão relacionados principalmente ao desenvolvimento de câncer de estômago.
Sozinho o sal não é tão prejudicial, mas misturado a uma substância chamada nitrosamina (produzida pela fermentação das carnes ao sol), se transforma numa toxina cancerígena.
Certos aditivos químicos utilizados na indústria durante o processo de fabricação dos alimentos podem também trazer vários riscos para nossa saúde. É o caso dos nitritos e nitratos. Usados para conservar alguns tipos de alimentos como picles, salsichas e alguns tipos de enlatados, podem transformar-se em nitrosaminas, substâncias com potente ação carcinogênica, responsáveis por altos índices de câncer de estômago.
Embora as quantidades de aditivos sejam regulamentadas e muito pequenas, todo cuidado é pouco, pois existem casos onde nem todos estão de acordo quanto à inocuidade desses aditivos. Além disso, o controle da quantidade desses aditivos é difícil, bem como a avaliação da susceptibilidade de cada consumidor aos mesmos, principalmente no que diz respeito aos danos a longo prazo.
Portanto, a minha dica é que da próxima vez que for ao supermercado, repare nos ingredientes do rótulo. Prefira o mais natural, até porque no tempo das nossas avós elas não usavam aditivos em suas cozinhas.
Outro ponto importante a ser destacado dentro do fator dieta diz respeito ao uso de hormônios que muitas vezes são utilizados para engordar animais artificialmente.
Uma dieta saudável a base de frutas, verduras/legumes, grãos de cereais e leguminosas (principalmente os integrais), leite e derivados com pouca gordura e carnes, de preferência peixe e frango sem pele é indicada para todos.
Também, o uso de alimentos que tem sido investigados como importantes na prevenção e controle do câncer como a soja, tomate, crucíferas (repolho, brócolis, repolho), alho, cebola e as frutas cítricas, devem ser diariamente consumidos.

Como se alimenta o brasileiro


No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.
Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa (1 em cada 3 entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. Em 2006, 71,9% da população revelava comer o grão ao menos cinco vezes na semana. Em 2010, a média caiu para 65,8%. No estado do Rio, a média de consumo do feijão ainda é alta: 71,7%. A queda na média nacional pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa e o feijão tem preparo demorado. O consumo de gorduras é mais elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.
Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias. Apesar de o mercado oferecer cada vez mais versões com menos açúcar, como os diet e os light, somente 15% dos brasileiros optam por eles. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. O consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, tem aumentado, mas ainda é baixo. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, 30,4% da população com mais de 18 anos comem frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana. Entre os entrevistados, 18,9% disseram consumir cinco porções diárias (cerca de 400 gramas) desses alimentos, mais do que o dobro do percentual registrado em 2006.

O que tem mais valor: inventar, imitar ou inovar?

Especialistas comentam sobre as implicações que cada uma dessas três formas interfere na evolução do mercado e no dia a dia do consumidor. Confira.

Por Fábio Bandeira de Mello

Você sabia que volta e meia as imitações bem feitas superam as invenções?

A empresa de restaurantes White Castle foi à primeira organizar o segmento de fast foods, mas um tempo depois, a rede MCDonald's copiou a idéia, melhorou o serviço e se transformou em uma das principais multinacionais do mundo. O Dinner Club, por exemplo, foi o primeiro a disponibilizar cartões de créditos, mas foi superada pelos "imitadores" do segmento Visa, Mastercard e American Express.

Até o próprio Ipod da Apple é uma versão melhorada do aparelho Saehan Mpman, que não fez muito sucesso no mercado, mas trouxe o formato de mais capacidade nos MP3 já existentes.

Em todos os setores, nota-se a existência cada vez maior no número de empresas que oferecem serviços ou produtos semelhantes ao consumidor. Nesse aspecto, é evidente que a competitividade entre as organizações está em uma verdadeira crescente, por isso, as empresas que procuram e oferecem algum diferencial ao seu cliente aparecem na dianteira de seus concorrentes. Mas o que significa esse diferencial? É inventar algo, aperfeiçoar uma invenção já existente (inovar), ou copiar um produto e fazer pequenos ajustes?

Pontos de vista

Um estudo realizado pelo professor Oded Shenkar, da instituição Fisher College Business nos EUA, sobre o impacto de invenções em modelos de negócios e suas imitações posteriores revelou que as imitações são importantes fontes de avanço para a evolução dos produtos. No estudo foi revelado que 97,8% do valor gerado por invenções vão para os "imitadores".

Oded Shenkar, da instituição

Fisher College Business

Mas o que seriam exatamente essas imitações?

Em entrevista à revista Harvard Business Review Brasil, o professor Shekar fala que a boa imitação é aquela que agrega novos valores à invenção. São aquelas pessoas que vêem algo já existente e conseguem transformar aquele produto ou serviço em algo ainda melhor.

"O problema é que muitos imitadores se deixam seduzir pelos elementos visíveis de uma invenção e não copiam aquilo que garante seu sucesso, as 'vigas estruturais'. Às vezes, imaginam equivocamente que o que deu certo num lugar vai dar certo em outro. Outros ficam tão presos ao original que acabam não fazendo ajustes que tornariam uma inovação melhor.", afirma o pesquisador Oded Shenkar para a revista HBR.

Professor Marcos Morita

Marcos Morita, professor de estratégia e marketing da Universidade Mackenzie, comenta que os graus de imitação variam muito conforme os segmentos de mercado estudados. Em alguns como o farmacêutico, a imitação é impossível, haja vista as patentes.

"Vale salientar que há imitações positivas, quanto negativas. As primeiras são aquelas que agregam valor ao produto ou serviço inicial, conforme expectativas dos consumidores. Aqui se enquadram, por exemplo, os produtos japoneses e agora coreanos. Já as segundas (imitações negativas), fazem cópias puras e simples, sem que nenhum valor seja agregado, além do preço baixo", declara o professor Morita.

Felipe Scherer, autor do livro Gestão da Inovação na Prática

Para Felipe Scherer, sócio da Innoscience Consultoria de Gestão da Inovação e autor do livro Gestão da Inovação na Prática, essas imitações como cópias não podem ser consideradas estratégias de sucesso, mas faz uma observação.

"Isso não significa que aqueles que apenas copiam não ganharão dinheiro também, porém o 'filé da rentabilidade' normalmente está associado à possibilidade de ser o diferencial do segmento e, consequentemente, não ter um parâmetro de comparação".

Ele ressalta que às vezes não é necessário ser o pioneiro, mas é necessário sempre buscar inovar em seu segmento. "Ford não inventou o carro, porém desenvolveu uma forma de fabricá-los mais barato. O Cirque de Soleil não inventou o circo, porém conseguiu criar uma combinação de atrações melhor. Empresas como a 3M, Microsoft, Apple, Disney conseguiram manter um histórico contínuo de inovações e sempre agregam valor a sua marca", ressalta Felipe Scherer.

Invenção: E como ficam as patentes?

As patentes são um modo do governo dar ao inventor a propriedade de sua criação. Por um determinado período, os portadores de patentes têm permissão de controlar como suas invenções são usadas, permitindo que obtenham recompensa financeira sobre seu trabalho.

O professor Marcos Morita explica "que o papel das patentes é proteger os investimentos realizados pelas empresas, tais com as indústrias de medicamentos, nas quais este prazo perdura por 20 anos. Mesmo nestes casos, há governos que acabam quebrando este direito em nome do bem comum. Em outras indústrias, patentear um produto ou serviço é tarefa bem mais difícil e onerosa".

Para Morita, o mundo caminha para um sistema de inovações abertas ou "open innovations", nas quais o papel dos consumidores na concepção dos produtos é cada vez maior. "A web 2.0 traz este conceito em sua natureza. Veja o exemplo da Creative Commons, organismo internacional que regula a questão da propriedade intelectual, criando diversas modalidades conforme o uso e autor. Outro exemplo inimaginável foi a FIAT através do projeto MIO – (meu carro em italiano), no qual mais de 3000 projetos foram recebidos".

O consultor Felipe Scherer é absolutamente a favor das patentes e diz que, dessa forma, incentiva o mercado de invenções. "Sempre haverá risco e incerteza quando as empresas estiverem desenvolvendo coisas novas, portanto parte da recompensa advém dessa possibilidade de haver a proteção pelas patentes. Por que uma empresa iria gastar milhões de dólares em pesquisas para desenvolver determinada vacina ou medicamento se esse investimento não pudesse ser recuperado e o prêmio pelo pioneirismo recebido? É claro que as patentes funcionam bem em alguns setores enquanto que em outros, o melhor mesmo é continuar inovando.", conclui o consultor.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/o-que-tem-mais-valor-inventar-imitar-ou-inovar/34040/
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